Eu era uma peça. Fui produzida por uma necessidade. Muito rápido me encaixaram na posição correta, onde a máquina funcionaria sem novas interrupções.
Mas os engenheiros, os responsáveis pela minha concepção, por estarem pressionados com o meu prazo de instalação no maquinário, não checaram se haviam imperfeições internas.
E este foi o erro.
Por muito, ali estar, executando a mesma função, em turnos rotineiros, as imperfeições internas modificaram minha estrutura externa.
Minhas ranhuras, que deveriam se encaixar nas engrenagens daquele complexo sistema, não mais estavam perfeitas.
Essa é a história da minha trajetória: peça moldada por uma necessidade, inserida sem muitas opções de escolha e modificada pelas rotina de repetições.