Há alguns dias, quando andava por uma das praias, desta minha atual jornada, achei um cristal bruto. Estava nas ruínas do que parece ter sido um Farol construído num pequeno vilarejo.
Eu estava cansado, pela muito longa caminhada, o sol já estava a se por e, neste dia, comecei a caminhar minutos após ele ter nascido. Já era primavera, quase verão e os dias já estavam muito longos.
Eu estava cansado, pela muito longa caminhada, o sol já estava a se por e, neste dia, comecei a caminhar minutos após ele ter nascido. Já era primavera, quase verão e os dias já estavam muito longos.
Acredito ter andando a uns 4 talvez 5 kilometros por hora. Se não tiver perdido as contas já me afastei uns 40km desde meu ponto de partida desta manhã. Se continuar a andar neste ritmo, darei a volta ao mundo em pouco menos de dois anos e meio.
Já estava na hora de parar, sentei em uma toalha. Prendi as quatro pontas com itens que trazia comigo: meu par de tênis, um livro de receitas e histórias e o Cristal que acabara de achar.
Coloquei coisas para comer na toalha e me alimentei. Foi a quarta refeição do dia, um hábito que, desde minha adolescência, mantenho a praticar: comer bem.
Ao estar saciado, me sentia bem e em algum momento, lembro da luz do sol, ela atravessava o cristal, se tornava colorida e vinha diretamente em direção aos meus olhos. Adormeci e sonhei:
"Estava exatamente onde se encontrava o Farol Hopper. O farol fora construído pelo esforço de um grupo de pessoas que deu nome a esta construção, era uma família, eram eles os Hopper.
Construído, não para seu comum propósito (sinalizar as embarcações a presença de terra e guiar navegantes) mas sim, para que sua luz fosse vista, todas as noites das janelas, de um castelo tão distante em meio ao Mar do Norte.
Em uma destas janelas, encontrava-se, em sua cela, a filha mais velha das irmãs Hopper, uma jovem aprisionada pelo simples fato de ser feliz em uma terra onde a felicidade era severamente punida.
Como sentença pelo crime de ser feliz, Sofia foi banida de sua terra natal e aprisionada numa das celas deste castelo. Sofia, esse era seu nome.
Após muitos anos de aprisionamento, S.Hopper se afastou tanto da realidade que em sua mente se tornou completamente livre, passou a viver num profundo estado meditativo e sua mente já não dependia mais do seu corpo.
Ela aprendeu a se comunicar com animais, interpretava os sinais da natureza, recebia notícias dos quatro cantos através dos sons dos mares, era capaz de prever o futuro e conhecer o passado apenas observando o céu e suas estrelas: e a isto, especificamente, dedicava a maior parte do tempo.
Em seu trigésimo quinto ano conseguiu mapear o universo, e foi exatamente num dos dias deste ano que sua mente se expandiu completamente.
Passou a se comunicar com uma inteligencia superior, se conectaram.
Após longo período de tempo, a estar em contato com este ser, foi lhe oferecida a oportunidade de ter sua consciência retirada dali e transportada para uma outra dimensão. Para um lugar onde tudo faria mais sentido. Seria a experiência mais completa de sua existência, foi o que ela sentiu portanto, aceitou.
Mas antes de partir deixou toda sua história registrada em forma de energia em um cristal."
Ao despertar, saquei meu lápis e meu bloco de desenhos, reproduzi exatamente o Farol com que sonhei. Meus sonhos, desde que me lembro deles, desde muito novo, sempre foram surreais e disso eu gosto.
Coloquei coisas para comer na toalha e me alimentei. Foi a quarta refeição do dia, um hábito que, desde minha adolescência, mantenho a praticar: comer bem.
Ao estar saciado, me sentia bem e em algum momento, lembro da luz do sol, ela atravessava o cristal, se tornava colorida e vinha diretamente em direção aos meus olhos. Adormeci e sonhei:
"Estava exatamente onde se encontrava o Farol Hopper. O farol fora construído pelo esforço de um grupo de pessoas que deu nome a esta construção, era uma família, eram eles os Hopper.
Construído, não para seu comum propósito (sinalizar as embarcações a presença de terra e guiar navegantes) mas sim, para que sua luz fosse vista, todas as noites das janelas, de um castelo tão distante em meio ao Mar do Norte.
Em uma destas janelas, encontrava-se, em sua cela, a filha mais velha das irmãs Hopper, uma jovem aprisionada pelo simples fato de ser feliz em uma terra onde a felicidade era severamente punida.
Como sentença pelo crime de ser feliz, Sofia foi banida de sua terra natal e aprisionada numa das celas deste castelo. Sofia, esse era seu nome.
Após muitos anos de aprisionamento, S.Hopper se afastou tanto da realidade que em sua mente se tornou completamente livre, passou a viver num profundo estado meditativo e sua mente já não dependia mais do seu corpo.
Ela aprendeu a se comunicar com animais, interpretava os sinais da natureza, recebia notícias dos quatro cantos através dos sons dos mares, era capaz de prever o futuro e conhecer o passado apenas observando o céu e suas estrelas: e a isto, especificamente, dedicava a maior parte do tempo.
Em seu trigésimo quinto ano conseguiu mapear o universo, e foi exatamente num dos dias deste ano que sua mente se expandiu completamente.
Passou a se comunicar com uma inteligencia superior, se conectaram.
Após longo período de tempo, a estar em contato com este ser, foi lhe oferecida a oportunidade de ter sua consciência retirada dali e transportada para uma outra dimensão. Para um lugar onde tudo faria mais sentido. Seria a experiência mais completa de sua existência, foi o que ela sentiu portanto, aceitou.
Mas antes de partir deixou toda sua história registrada em forma de energia em um cristal."
Ao despertar, saquei meu lápis e meu bloco de desenhos, reproduzi exatamente o Farol com que sonhei. Meus sonhos, desde que me lembro deles, desde muito novo, sempre foram surreais e disso eu gosto.