E se passaram dez anos.

Dez anos longe...

Longe como outra vida.
Parece até de uma outra existência.

Minha família envelheceu.
Diminuiu.
Eu envelheci.

Alguns amigos já têm quase cinquenta.
Eu também.
E dizem que, nessa idade, deveríamos ter algo:
bens, posses, certezas.

Mas eu? Não tenho.
Tenho pouco dinheiro.
E não faria mal ter um pouco mais.
E, quem sabe, um pouco mais de certeza também.
Mas estou bem.

Perdi meus amores.
Por minha responsabilidade.
Não posso dizer que o amor não me visitou
fui eu quem não soube, ou não quis, que ele ficasse.

E hoje?
Comemoro minha postura diante da vida:
sólida.
segura.
inabalável.

Aos que me conhecem,
mais dez anos e
um forte abraço.

— Donalro

Hoje acordei assim

Conta-me desse amor.

Essas quase 4 décadas que te cativaram.

Quero saber quão profundo ele vai em ti,

esse amor, e todo o resto.

Quero que, se isso for possível,

transborde pra nós, eu e tu.


Acordei inspirado,

sonhei com algo

e era arte.

Eu amo arte,

portanto, amor.

Quero amar e ser amado,

mesmo que seja por um tempo só.


O amor,

a arte,

os sonhos

e o tempo

são todos, sem exceção 

Imagens em um mesmo espelho

que nos reflete no íntimo.


E mesmo que nada ao redor mude,

a mente,

uma vez tocada pelo amor

ou pela arte,

jamais será a mesma.


13 de julho de 2025

7.45am