A tradição do mensageiro.

Reuniu os conselheiros do Reinado nômade e escutou seus argumentos. Não havia saída. Precisava ir atrás de uma idéia antiga. Foi avisado que, os que ficassem poderiam, facilmente, se esquecerem dele. Procurariam substituir sua ausência e isto, para ele, significava perder, o que considerava ser sua única riqueza, pois nada além disto o prendia.

O tempo se passa e a jornada o afasta. Mas por ocasiões, mantinha notícias de seus novos dias, em outros domínios, através de seu único mensageiro.

E neste dia, o de hoje, seu mensageiro, trouxe novas notícias. A mensagem era consequência de sua decisão, tinha plena consciência disso. Portanto, entende.

Se recordou do que havia conquistado, e sente o peso da perda. Lamenta. Se entristece. Mas sua mente precisa o ajudar. Transformará isso em mais um incentivo, outro empurrão, para continuar a sua jornada e conseqüente expansão de sua mente e de seus territórios.

Antes do mensageiro partir, pediu para que o mesmo relatasse a história da conquista de seu próprio reino. Todo o seu passado, tinha tudo em sua mente, contudo, gostaria de relembrar, em detalhes, pelas palavras do mensageiro, tudo que havia vivido. Quer rever toda a sua história...pois ela o faz se sentir bem: ela sempre o fez se sentir muito bem.

Não entregou e não mais entregará ao mensageiro seus relatos. Na despedida, nem o mensageiro, nem ele se falam, e assim sendo, por tradição, nunca mais irão se encontrar.

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