Da percepção da velocidade do tempo.

Querem me convencer a não largar o pouco que consigo ganhar e não sair para ver o que quero ver. Confesso que causa uma certa tentação. Mas o tempo não para e as viagens sempre me fazem muito bem.
Assim como os grãos de areia em uma ampulheta, são os momentos de nossas vidas.
Há momentos que ainda irão acontecer, como os grãos que ainda vão descer.
Aos grãos que caem, o nosso presente
Aos grãos que acabaram de cair, nossas memorias recentes
Aos grãos soterrados, nosso passado que, agora são apenas lembranças
Mas quanta areia na parte superior! E em breve tudo se tornará recordação
E os grãos nunca irão parar de cair até que alcancem o fim.
A minha areia está na metade, metade da ampulheta já tem metade da minha areia. Mas me parece que toda areia que caiu, caiu como agora. Ou seja, o tempo voa. E somado a isso a teoria da percepção da velocidade do tempo que temos quando vamos ficando mais velhos. Uma linda menina de 6 meses de idade, por exemplo, acha que cada segundo é interminável. Pois a referência de tempo dela é de 6 meses. A cada dia que passa a sua referência de velocidade do tempo se altera, cada vez vai ser maior. Ou seja, de fato o tempo passa mais rápido pelo instrumento que o medimos, o tempo de vida.
Pois as viagens sempre me fizeram muito bem.

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